fico lixado quando falam das "minhas raizes", passei a adolescência à borda d'água a andar na areia e, não venham dizer que há raizes na areia, e òs depois nao somos vegetais nenhuns!
c'est comme en france quand on me demande si je vais chez moi, au Portugal, chez moi?...
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
A Lágrima que floresceu
Já não recordo há quantos anos
chorei a última lágrima ...
mas ainda me ouço os soluços de dor
em que alaguei esse tormento
de grades e muros de betão
a escorrerem da mente ,
Já não recordo sequer a razão
pela qual deixei de beijar as flores
e as pétalas e o ar e a lua
com olhares inundados e obscuros
pela escuridão ,
Mas sei que doeu muito, e tanto assim
que parei de pensar
na luz, no sol poente
e na doçura das mãos
da minha amada ...
a doce sensação de ouvi-la chegar
e empurrar a porta de entrada
é isso que me transluz
e me conduz pela alvorada ...
fernando morais
chorei a última lágrima ...
mas ainda me ouço os soluços de dor
em que alaguei esse tormento
de grades e muros de betão
a escorrerem da mente ,
Já não recordo sequer a razão
pela qual deixei de beijar as flores
e as pétalas e o ar e a lua
com olhares inundados e obscuros
pela escuridão ,
Mas sei que doeu muito, e tanto assim
que parei de pensar
na luz, no sol poente
e na doçura das mãos
da minha amada ...
a doce sensação de ouvi-la chegar
e empurrar a porta de entrada
é isso que me transluz
e me conduz pela alvorada ...
fernando morais
COISAS ...
OS NOSSOS OLHOS OLHAM COR DE CERA
A MINHA MÃO ATRAVESSOU O VENTO
PÁLIDA, A LÍNGUA DEIXA-SE TRINCAR
A MINHA CABEÇA ADORMECERA
FOI MOLE A PEDRA AO DESFAZER-SE
FOI DURO O MAR DE TANTO BATER
A SI PRÓPRIO SE CANSA E RUGE
UM POEMA COMEÇA A ERGUER-SE
A ESPUMA DOS DIAS ESCORRE NOS GESTOS
NO SEU NEVOEIRO FRIO E MULTICOR
ÀS VEZES DÁ VONTADE DE FUGIR
ALGURES UM POETA COME RESTOS
OS ESPELHOS A REFLECTIREM O AVESSO
E UM APAGÃO DE NUVENS ENCOBRIU O SOL
AS MINHAS PERNAS ATRASAM O ANDAR
E A MINHA COLUNA FICOU GESSO
fernando morais outubro 2009
A MINHA MÃO ATRAVESSOU O VENTO
PÁLIDA, A LÍNGUA DEIXA-SE TRINCAR
A MINHA CABEÇA ADORMECERA
FOI MOLE A PEDRA AO DESFAZER-SE
FOI DURO O MAR DE TANTO BATER
A SI PRÓPRIO SE CANSA E RUGE
UM POEMA COMEÇA A ERGUER-SE
A ESPUMA DOS DIAS ESCORRE NOS GESTOS
NO SEU NEVOEIRO FRIO E MULTICOR
ÀS VEZES DÁ VONTADE DE FUGIR
ALGURES UM POETA COME RESTOS
OS ESPELHOS A REFLECTIREM O AVESSO
E UM APAGÃO DE NUVENS ENCOBRIU O SOL
AS MINHAS PERNAS ATRASAM O ANDAR
E A MINHA COLUNA FICOU GESSO
fernando morais outubro 2009
NATAL 09 - POESIA
Servem poemas para embalar o pão
em sacos de papel reciclado
e nestes sacos vêm poemas
iguarias de amizade e reflexão
As padeirinhas lindas riem do espanto
da cliente surpresa e embonecada
enquanto o sol bate na vitrina
Entra um menino a pedir esmola
afasta-se o burguês para o deixar passar
o menino assoa-se à manga do casaco
e uma festa de luzes ilumina a cidade ...
fernando morais
em sacos de papel reciclado
e nestes sacos vêm poemas
iguarias de amizade e reflexão
As padeirinhas lindas riem do espanto
da cliente surpresa e embonecada
enquanto o sol bate na vitrina
Entra um menino a pedir esmola
afasta-se o burguês para o deixar passar
o menino assoa-se à manga do casaco
e uma festa de luzes ilumina a cidade ...
fernando morais
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