Procuro-te no vértice da circunferência
no espelho de água
no sol rasante da tarde
e nesta lanterna intensa do poema
procuro-te para querer-te
e já antes te queria
perco-me só para perder-te
na capital do estilo
na passerele do tempo
na vacuidade do dia
perco-me porque quero
achar-te na poesia
e se de ti nada espero
procuro-te num bolero
neste pão, numa fatia
e sei que vou encontrar-te
numa ponte de Veneza
um domingo ao meio dia
Fernando Morais
segunda-feira, 28 de junho de 2010
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